Testamos o Novo Chevrolet Cruze com motor 1.4 turbo de 153 cv

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Texto: Eduardo Bernasconi / Fotos: divulgação

Novo Chevrolet Cruze é completamente diferente, turbo de fábrica, econômico, equipadaço e recebe bem até umas 20”

Você já viu por aí que a Chevrolet lançou o novo Cruze 1.4 turbo, que custa de R$ 90 mil até mais de R$ 107 mil, dependendo da versão. Sim, é bastante dinheiro e a intenção da marca é peitar Toyota Corolla e Audi A3 Sedan, por exemplo. O novo Honda Civic 1.5 turbo, que chegará em breve, também estará na briga. E todos têm custo aproximado, portanto, a briga será boa. Vai valer (ou não) a fidelidade dos consumidores à empresa, afinal, todos os citados são belos automóveis. Quem gosta de Toyota, e não faz questão de um turbão atual, vai de Corolla. Um sujeito mais jovem e abonado deve encarar o Audi A3 e, segundo a Chevrolet, o dono do novo Cruze deve ser um pai de família com cerca de 40 anos de idade, pelo menos um filho…
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Mudou muito

Esqueça a primeira geração do Cruze, fabricada e vendida em vários continentes de 2008 a 2016, inclusive no Brasil. Tivemos aqui as versões hatch e sedã e, por enquanto, para o novo modelo teremos apenas a três volumes – a mais curta já roda na Argentina e deve desembarcar em breve. Esta segunda geração não usa componentes do antecessor. Ficou muito mais leve, dieta que eliminou cerca de 100 kg, terá apenas o motor 1.4 turbo de 153 cv e 24,5 kgfm de torque (ambos no etanol), com injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas com atuador de fase, bloco e cárter em alumínio, cabeçote com coletor embutido e câmbio automático de seis velocidades.

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Nós fizemos dois test-drives com o Cruze. O primeiro, no lançamento, de São Paulo até o Campo de Provas da Cruz Alta (Indaiatuba-SP). Acabamento topo de linha, trocas de marcha boas mas não super-mega-rápidas como os de dupla embreagem, silêncio a bordo, sonzeira com falantes JBL tocando muito bem e muita tecnologia. Ao volante, sensação confortável, segurança total e limite de velocidade excedido várias vezes – capaz de receber algumas multinhas direto do escritório da Chevrolet, lá em São Caetano.
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Na ida, fomos de motorista celebridade, Gerson Campos, do programa Acelerados. Gersão foi numa tocada boa, jovial, sem medo de ser feliz (vai tomar multa também). Eu estava no banco traseiro. Apesar de totalmente seguro e tranquilo, a traseira parecia solta em alta velocidade. Nada para assustar, mas soltinha. A suspensão traseira usa eixo de torção semi-independente e molas helicoidais: anima quem vai ao “guidão”, mas não muito quem está atrás. Dianteira: McPherson com barras estabilizadoras bem pregada e confortável.
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Dispositivos eletrônicos como controle eletrônico de estabilidade e de tração, distribuição eletrônica de frenagem, assistente de frenagem de emergência… várias babás que permitem abusos. Faltaram apenas borboletas para trocas de marcha atrás do volante, mas no lugar delas estão comandos do sistema de audio, GPS, piloto automático, tudo conectado ao Apple CarPlay e sistema Android Auto. O volante é tipo F1 de tantas funções que tem. A direção é elétrica (e não hidráulica) e há quem não goste do feeling desse recurso. Eu não vejo problemas, acho a resposta boa e no Cruze está bem acertada.

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Freios a disco nas quarto rodas, ventilados na frente e sólidos na traseira, são bem eficientes. Os faróis com iluminação diurna (LED) são direcionais e há até um assistente que mantém a trajetória em rodovias bem sinalizadas: um vacilo para mudar de faixa e o Cruze corrige sozinho, mantendo-se dentro da faixa. O sedã ainda pode ajudar o motorista a estacionar, há alerta de colisão frontal e ponto cego… É tanto assistente, luzes e bips que às vezes dá vontade de desligar tudo e apenas dirigir como alguns anos atrás, sem assistência alguma. Mas não dá para abrir mão de tanta segurança.

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Com menos peso, mais rigidez estrutural e um powertrain eficiente, levou A na classificação do Inmetro para consumo de combustível. Cerca de 30% mais econômico que o antecessor (tudo bem, ele era beberrão e não se mexia muito bem), mas essa nova versão é muito eficiente, MESMO! No Chevy, não há opção para desativar o Start-Stop, que desliga e liga o motor em caso de trânsito pesado. Ele e inteligente o suficiente para saber o que é melhor para o Cruze e para o seu dono economizer combustível – não sou muito fã desse recurso, mas também não sofri enquanto rodei o Cruze por cerca de 5 dias.

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Dedo-duro

Entre tanta tecnologia embarcada, pode-se optar pelo OnStar. Trata-se de um serviço que funciona para ajudar o proprietário a achar um posto de abastecimento, hospital, restaurante ou outro ponto de interesse, assim como pode alertar o dono que um eventual manobrista está se afastando mais do que devia do local estacionado, por exemplo. Conectado ao aplicativo do smartphone, o OnStar dá alertas de rodízio, movimentação do carro e pode até falar se o Cruze está andando acima do limite de velocidade estipulado: emprestou o carro pro filho e ele acelerou demais? O OnStar pode avisar o dono pelo celular! E se a bateria do celular estivar acabando, há um carregador wireless que serve para alguns aparelhos: chique!

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Nossa conclusão

Quem optar pelo Cruze, provavelmente não irá até uma oficina especializada em remap, seja antes ou depois de vencer a garantia. Ele não tem o perfil de preparação ou disposto a instalar molas esportivas como fariam diversos donos de Audi A3 Sedan, por exemplo. Esse Chevy é para o sujeito consciente, politicamente correto e que exige conforto, tecnologia, economia de combustível e um desempenho bom. Claro, um jogo de rodas 19”ou até 20”seriam bem-vindos pelo estilo, mas certamente tirariam muito do conforto deste belo carro.

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O dono do A3 Sedan tem o perfil mais sangue nos olhos, disposto a baixar a altura, usar um piggy-back, filtro esportivo, escape mais livre e barulhento e ver o 0 a 100 km/h despencar, independente do consumo ou das multas por excesso de velocidade. E o dono do Toyota Corolla, bem, ele é feliz com o 2.0 aspirado. Resta esperar pelo Civic novo, turbão, para ver se fará frente ao A3 e Cruze (e, claro, ele também custará caro).

Versões e cores: LT (entrada) e LTZ (top); Branco Abalone, Vermelho Edible Berries, Cinza Satin Steel e Preto Ouro Negro. O Branco Summit e o Prata Switchblade

Motor: quatro cilindros, 1.4, 16V, turbo, injeção direta, flex;

Potência:150/153 cv a 5.600/5.200 rpm;

Torque: 24/24,5 kgfm a 2.100/2.000 rpm;

Câmbio:  automático de seis marchas;

Direção: elétrica;

Aceleração 0 a 100 km/h: 9,0 s

Cx: 0,30

Peso: 1.312 kg;

Porta-malas: 440 litros

Tanque: 52 litros;

Dimensões: comprimento 4.665 mm, largura 1.807 mm, altura 1.484 mm, entre-eixos 2.700 mm

Placa - 325x125cm

Redação
Redaçãohttps://www.revistafullpower.com.br
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