Texto: Giuliano Gonçalves / Fotos: João Mantovani
[Essa matéria foi publicada originalmente na FULLPOWER 114]
Apesar de limpo e discreto, o estilo eurolook (também conhecido por german look ou eurostyle) não é fácil de se conseguir. Além de sorte de achar as rodas, o entusiasta precisa ter grana e coragem. Afinal, arriscar as caras “redondas” nas belas ruas brasileiras, nada tem a ver com desfilar pelo asfalto europeu.
No caso da “sorte”, o estudante Fábio Ribeiro, teve de sobra. “Essas rodas são muito difíceis de encontrar por aqui. Quem tem, com certeza pagou um preço bem alto. No meu caso, um amigo tinha e queria modelos maiores. Na época, eu possuía um jogo de Motegi de 19 polegadas zerado, com pneus e tudo, e mandei na troca”, relata Fábio. Mas, o que leva uma pessoa a pagar cerca de R$ 6 mil por um jogo de rodas de tamanho inferior? “Ter seu próprio estilo não tem preço”, responde o dono do carro.
Participante de clubes e fóruns de carangas, ele recebeu muita orientação sobre como e onde adquirir o tal “eurolook”. “Vi muitos modelos na internet com o estilo europeu, porém, poucas picapes. Foi aí que encontrei mais um motivo de ser exclusivo frente aos personalizados brasileiros”, conta. E, durante o processo de modificação da Saveiro Trend 2010, Fábio se deparou com o acessório que entrou na sua lista de componentes prediletos: a suspensão a ar!
“Investi nesse equipamento cerca de R$ 6 mil, entre peças e reparos. Mas, afirmo convictamente: faria tudo de novo se preciso”, garante Fábio. Essa parte do projeto foi executada pelo pessoal da Ligeirinhos, de São Caetano do Sul (SP), e demandou mais uma boa dose de coragem do dono do carro. Imagine comprar uma Saveiro zero quilômetro e, em cerca de uma semana, encostá-la na preparadora para cortar e alargar os paralamas? No mínimo angustiante… E foi o que rolou na picape, já que as BBS Style 5, apesar do aro 17”, possuem 8” de tala — e precisavam ser engolidas pela carroceria!
Pelos manômetros Willtec Racing ele equaliza a altura das bolsas: fica 50% e 40% de ar, dianteira e traseira, respectivamente. “Só levanto mesmo para entrar no meu prédio. Quando estaciono, aliás, soco no limite, até travar os pneus nos paralamas. No fim, a suspensão serve até como item de segurança, pois ‘ancora’ o carro no lugar”, brinca Fábio. A altura é regulada por controle remoto e, no caso da traseira, um forte espirro sai por uma válvula de meia polegada quando é abaixada. “Para mim, não existe curtição maior do que andar nesse carro”, atesta.
