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Motos
DT200R – uma clássica, modificada, direto da época SUPERMOTO
Da Redação / Fotos: João Mantovani
Sonhos de muitos, a Yamaha DT surgiu nos anos 80 e reinou durante anos como a preferida dos trilheiros, já que vinha “pronta” para a trilha sem necessitar de adaptações. Um desses admiradores é o publicitário, César Luis Pagliaro, que realizou seu sonho com uma DT 200R, versão de segunda geração, com motor 2T de 195 cm3 refrigerado a líquido e válvula de escapamento YPVS (Yamaha Power Valve System). Bem diferente da DT 180, primeira versão lançada em 1979 com motor de 180 cm3 e refrigeração a ar, essa é a DT mais “querida”.
Com as fábricas interrompendo a produção de motores 2T, principalmente devido à poluição causada pela queima do óleo com a gasolina, há quem ainda invista nesses canhões – para os apaixonados pelos motores 2T essas máquinas nunca vão deixar de existir e sempre haverá quem os conserve como um “último samurai”.Para que a DT ficasse “de tirar o chapéu” César não teve duvida e botou literalmente a mão na massa… melhor, na fibra de vidro e até na graxa. O primeiro passo foram as rodas, alteradas para o estilo motard. Aros 17 polegadas e pneus mais largos, 110/80 na dianteira e 150/70 na traseira, devidamente montados, alinhados e balanceados no Alemão Rodas. As suspensões, bem como o motor, recebeu preparo na antiga oficina do “TV”, a Mach-1.
O monocilíndrico foi aberto para ganhar kit de pistão da Wiseco e retífica (0,75 mm) que elevou a cilindrada para 207 cm3. O cilindro foi trabalhado das janelas à câmara de combustão e o cabeçote foi rebaixado. Um jogo de palhetas da BOYSEN foi acrescentado ao motor e a caixa de ar removida e substituída por um filtro cônico de padrão esportivo. Mas o melhor detalhe desta DT é o visual da rabeta, tanque, laterais e defletores, trabalhados à mão pelo próprio César e pelo seu amigo Reinaldo “Testa”. Os caras trabalharam bem na rabeta, fazendo uma carenagem no estilo R1 (também antiga), esculpida para encaixar na traseira da DT.E para que tudo se encaixasse, o chassi sofreu alterações para que a rabeta ficasse mais firme e mais alta. As lanternas redondas dão o toque final na traseira e as laterais moldadas de acordo com a rabeta acompanham as linhas gerais do design. A carenagem frontal foi substituída por uma Acerbis e o para-lama original recebeu um corte de acordo com o tamanho da roda. Para completar, banco com revestimento antiderrapante da Kendy e a pintura, um detalhe a parte, que ficou ao gosto do dono incluindo várias peças com acabamento cromado ou polido como, pedaleiras, suportes, balança, pedais de freio e partida.Os freios receberam pintura especial e mangueiras de malha de aço (padrão aeronáutico, Aeroquip), para facilitar e melhorar as frenagens, deixando a moto realmente “na mão”. Com tudo isso, ficou fácil socar a mão para trazer a moto “para o peito” com facilidade ou fazer as curvas sumirem das vistas do piloto. Para fazer manobras não precisa de muito, um toque no acelerador e a moto vem fácil para o alto, um toque no freio da frente e a DT faz um belo RL. Moral da história: proprietário feliz e motinho cheia de gás para se divertir.
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