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Adamastor Furia coloca Portugal no mapa dos países fabricantes de superesportivos
País conhecido pelos ótimos vinhos e pelo delicioso bacalhau, Portugal agora também produz carros superesportivos. O primeiro representante lusitano nesse segmento, o Adamastor Furia, foi apresentado nesta semana, prometendo concorrer com grandes marcas da indústria automobilística de alta performance, como Ferrari, Pagani e Aston Martin, conforme admite a própria empresa portuguesa.
Limitado a 60 unidades, cada uma custando 1,6 milhão de euros (R$ 9 milhões na conversão direta), o Furia (escrito assim mesmo, sem acento agudo na letra “u”) é um carro de corrida com autorização para andar nas ruas. Não por acaso, a Adamastor Supercars, que iniciou o projeto do superesportivo em 2015, também está desenvolvendo uma versão ainda mais brutal do modelo para uso exclusivo em autódromos.
E o Adamastor Furia chega ao mercado com boas credenciais. O carro, com chassi monocoque e cabine para dois ocupantes, é totalmente construído em fibra de carbono. Segundo o fabricante, ele pesa 1.100 kg (vazio). Outra parte interessante do supercarro português é sua aerodinâmica, que supera a de monopostos de Fórmula 2 e Fórmula 3, gerando 1.000 kg de downforce a 250 km/h na versão de rua, chamada Furia Road, e podendo chegar a até 1.800 kg na variante para pistas, o Furia Race.
Construído em Perafita, no norte de Portugal, o Furia é impulsionado por um motor fabricado nos Estados Unidos, o V6 3.5 litros biturbo fornecido pela Ford Performance. A empresa diz que o propulsor instalado no carro gera mais de 650 cv de potência e ultrapassa os 58 kgfm de torque.
Embora não sejam números tão impressionantes no ramo dos carros superesportivos, a fabricante portuguesa tem a seu favor a excelente relação peso/potência de seu produto (de meros 1,6 kg/cv) para alcançar um desempenho soberbo: o Furia acelera de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e supera os 300 km/h, conforme dados da Adamastor.
A fabricante planeja iniciar as entregas dos primeiros exemplares do supercarro lusitano a partir de 2025, com duas unidades na versão de rua e outros dois modelos de pista.
Adamastor Furia, o invencível
O nome Adamastor vem da mitologia romana e refere-se a uma criatura gigante e invencível. Sua menção mais conhecida, porém, foi feita por Luís de Camões em Os Lusíadas, numa alusão às grandes navegações do Império de Portugal do passado. Na epopeia portuguesa, é atribuída à revolta do ser mitológico, que foi “jogado aos fundos mares”, a dificuldade de cruzar o Cabo das Tormentas (hoje conhecido como Cabo da Boa Esperança), que liga os oceanos Atlântico e Índico pelo sul da África.
O CEO da Adamastor Supercars, Ricardo Quintas, explicou ao podcast Auto Rádio que escolheu esse nome para a empresa porque ele “representa as dificuldades que todo empresário português tem de ultrapassar para ter sucesso”. Para o empresário, fundador da fabricante do Furia, a condição para empreender no setor automotivo em Portugal “é um verdadeiro monstro”.
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