Performance

Aceleramos o Subaru WRX no autódromo de Interlagos [FULLPOWER LAP]

Por: Eduardo Bernasconi / Fotos: João Mantovani e Fabiano Fonseca

Essas três letras são míticas para quem gosta de um bom esportivo: WRX. O pequeno sedã Subaru Impreza fez história nos mundiais de Rali (World Rally Championship) e eternizou a sigla, sinônimo de esportividade. Por isso, levamos a última versão do Subaru para Interlagos, na esperança de temporal para nosso ranking. Ele tem motor 2.0 boxer turbo e com câmbio CVT (continuamente variável) — versão manual aqui no Brasil, apenas para o mais top, o STi.

Para rodar diariamente, o conforto com este tipo de transmissão é maior, assim como a economia de combustível. Mas, para virar tempo e suportar o estresse na pista ele deixa a desejar. As trocas podem ser feitas automaticamente ou pelas borboletas atrás do volante. Mas, não é uma função mecânica, mas sim um sistema que o próprio nome conta o segredo: contínuo. Ou seja, conforme a rotação sobe, o carro ganha velocidade, mas não há troca da primeira engrenagem para a segunda, terceira, e assim or diante. No CVT deste WRX, o mecanismo tem seis memórias pré-estabelecidas em modo conservador e oito ao apertar o modo Sport.

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Dennis Dirani, um dos nossos pilotos oficiais do FULLPOWER LAP, saiu dos boxes da pista paulistana com as oito marchas e cheio de vontade de tirar tudo que dava do japonês com tração nas quatro rodas — as memórias determinadas pela fabricante são úteis nas trocas pelas borboletas. A impressão é de estar em uma transmissão automática convencional. As “trocas” para cima são rápidas, mas para baixo prejudicaram na pista. E isso sobrecarregou os freios a disco nas quatro rodas.

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Mesmo cruzando a linha de chegada a menos de 200 km/h (veja na página à direita as velocidades atingidas), o WRX ficou sem freios no início da segunda volta. Ele é pesadinho: 1.540 kg. “Passei reto na primeira perna do S do Senna. Subi no freio e já não tinha mais nada”, conta Dirani. Apesar disso, o motor turbo, boxer e com intercooler, tem disposição desde baixas rotações e o sistema All Wheel Drive ajuda a encurtar as retas”, comenta o piloto recém-consagrado Vice Campeão Brasileiro de Turismo 2015.

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Os 268 cv declarados pela Subaru são eficientes mesmo e praticamente não há interferência eletrônica ao contornar curvas: tem controle de estabilidade e tração muito bons e dá para entrar quente que ele contorna muito. O torque máximo, de 37,7 kgfm, aparece desde os 2.000 giros. Isso garante muita eficiencia nas saídas de curvinhas de baixa velocidade. E das de alta também!
Mesmo esportivão, ainda sobra muito conforto a bordo, com bancos bem envolventes na dianteira, teto-solar… Topzão! Não é um modelo fácil de achar à pronta entrega e, atualmente, compra-se um por cerca de R$ 150 mil. A versão mais radical, STI, beira os R$ 200 mil, com câmbio manual (quem pretende participar de Track Days deve partir para ela).

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No final da segunda volta, o câmbio CVT começou a esquentar e as trocas de marcha pioraram, tanto para cima, quanto em reduções. A eletrônica entende que o sistema aquece mais do que devia e simplesmente protege os componentes, impedindo trocas até que seja resfriado. É de ficar nervoso na pista, mas importante para a durabilidade da nave. Isso também acontece com alguns câmbios DSG, de dupla embreagem.

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A garantia oferecida pela Subaru do Brasil para este modelo é de dois anos e com certeza o proprietário não vai querer ficar derretendo tudo. O WRX é o esportivo para quem tem bala e quer para usá-lo diariamente. Dá para preparar de leve, mas com esse câmbio, vai sofrer mais ainda. Comparando com demais carros que já passaram pelo LAP com potência semelhante, está o BMW Série 3 GT, que não tem pegada esportiva e ficou melhor colocado por milésimos de segundo.

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Já em relação ao VW Golf GTi, que passamos em nosso dino e deu 264 cv, foi um segundo mais lento. Para uma lenda com a chancela WRX, esperávamos um tempo mais animador. Mas, temos certeza que o STi vai recuperar a honra dos Subies em breve no nosso FULLPOWER LAP. Já solicitamos o carro para a importadora oficial e, assim que casarmos a data da pista com o empréstimo do 4×4 manual, estaremos lá!

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