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Avaliação: novo VW Tiguan R-Line acelera muito com motor de Golf GTI

Ele está à venda no país desde maio e continua despertando o interesse de muitas pessoas. Falo da nova geração do Volkswagen Tiguan, que tem preços entre R$ 124.990 e R$ 179.990, opção de motor 1.4 e 2.0 turbo e versões de cinco e sete lugares. Só na semana passada, recebemos 12 mensagens no Instagram de seguidores perguntando sobre o segmento de SUVs médios e se a novidade da Volks é uma boa compra na configuração topo de linha, batizada de R-Line. Bom momento, portanto, para avaliarmos o modelo.

Com 4,70 metros de comprimento, o novo Tiguan é 27,4 cm maior que seu antecessor e tem distância entre-eixos 18,5 cm superior, com consideráveis 2,79 m. São números que compensam o longo intervalo de quase dez anos entre uma geração e outra no Brasil. O belo design da carroceria é totalmente novo e segue um estilo mais de perua grande do que propriamente um utilitário-esportivo, tal como o rival Chevrolet Equinox.

A versão de topo tem um apelo visual mais esportivo. O para-choque com entradas de ar maiores e os apliques cromados e pretos deixam o SUV com um ar imponente, em conjunto com o defletor traseiro maior e as rodas de 19 polegadas. A inscrição R-Line está presente na grade frontal, nos para-lamas dianteiros, nos bancos e no volante multifuncional também com design próprio, com couro perfurado. Vale destacar ainda as pedaleiras cromadas, outro item específico da configuração de R$ 179.900.

Das três versões disponíveis, duas são equipadas com motor 1.4 turbo flex de até 150 cv e câmbio de seis marchas e dupla embreagem, sendo a de entrada a única com carroceria de cinco lugares – teremos em breve um vídeo dedicado a esta motorização. A topo de linha, R-Line, que aceleramos, utiliza propulsor 2.0 turbo de 220 cv com injeção direta de gasolina e transmissão de dupla embreagem e sete velocidades. Ela dispõe também de tecnologias não oferecidas nas demais configurações, como tração integral, seletor de modos de condução, chave presencial, partida por botão, quadro de instrumentos digital, abertura e fechamento automático do porta-malas, park assist e controlador de velocidade adaptativo.

De série, o novo Tiguan traz seis airbags, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, ar-condicionado digital de três zonas, controles de tração e estabilidade, lanternas de led, volante multifuncional com ajustes de altura e profundidade, freio de estacionamento elétrico com a função Auto-Hold, sensor de chuva, sistema start-stop, luz diurna de led, central multimídia com tela sensível ao toque e suporte aos principais sistemas de conectividade com smartphones, detector de fadiga do motorista, monitoramento da pressão dos pneus e três entradas USB. O único opcional é o teto panorâmico, por R$ 4 mil.

Ao volante, bastam alguns quilômetros para se sentir as evoluções do novo Tiguan, que é mais confortável, seguro e gostoso de dirigir frente ao antecessor. Motor e câmbio trabalham em ótima sintonia, garantindo desempenho satisfatório tanto em acelerações quanto em retomadas de velocidade. Mesmo sendo mais pesado que seu predecessor, a sensação de agilidade é maior.

De acordo com o fabricante, o zero a 100 km/h é executado em 6,8 segundos. O melhor de tudo é que o bom desempenho preserva qualidades como o ótimo isolamento acústico da cabine (o conta-giros marca 2.100 rpm a 120 km/h), a suavidade das trocas de marcha e as boas médias de consumo. Segundo a Volkswagen, a versão R-Line faz 8,3 km/l na cidade e 9,6 km/l na estrada.

O volante de base reta e boa empunhadura reforça a ergonomia caprichada da cabine, repleta de materiais de toque macio e de porta-objetos. Espaço, aliás, é o que não falta até a segunda fileira de bancos. A terceira, como em todo modelo de sete lugares, é de difícil acesso, mas no Tiguan é apertada além da conta para pessoas com mais de 1,80 m. Com os bancos extras rebatidos, o porta-malas comporta consideráveis 686 litros, 240 l a mais que o antigo – com todos os assentos armados, o volume cai para 216 l.

As suspensões independentes filtram com eficácia as imperfeições do asfalto sem comprometer o nível de conforto do Tiguan, que segue a tendência dos novos SUVs de se parecerem com sedãs no comportamento firme da carroceria, mesmo em curvas. Ponto positivo também para o isolamento acústico da cabine. A 120 km/h, o conta-giros registra 2.400 rpm e sequer se ouve o ruído do vento.

O quadro de instrumentos digital tem um layout mais elegante que o adotado no Polo e no Virtus e possibilita inúmeras configurações. Um baita SUV, que não à toa alavancou suas vendas no país. Em setembro, por exemplo, foram emplacadas 658 unidades contra 403 do Equinox e 213 do 3008. Os dados são da Fenabrave, a associação dos concessionários do país.

VOLKSWAGEN TIGUAN R-LINE 350 TSI

PRÓS: desenho da carroceria, espaço interno, conforto, acabamento e desempenho

CONTRAS: oferece ajustes elétricos só para o banco do motorista. Adultos ficam muito apertados na terceira fileira de bancos

Ficha Técnica

Motor: Dianteiro, transversal, 4 cil. em linha, 16V, turbo, injeção direta de gasolina

Cilindrada: 1.984 cm³

Potência: 220 cv a entre 4.300 e 6.200 rpm

Torque: 35,7 kgfm entre 1.600 e 4.200 rpm

Câmbio: automatizado de sete marchas e dupla embreagem

Direção: elétrica

Suspensão: Independente McPherson na dianteira e multilink na traseira

Freios: discos ventilados na dianteira e discos sólidos na traseira

Tração: integral

Comprimento: 4,70 m

Largura: 2,09 m

Altura: 1,65 m

Entre-eixos: 2,79 m

Pneus: 235/55 R18

Porta-malas: 216/686 litros

Tanque: 60 litros

Peso: 1.785 kg