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Avaliação: os pontos positivos e negativos do Nissan Sentra
Todos os sedãs médios sofrem com o sucesso de vendas do Toyota Corolla, que só neste ano, no Brasil, teve mais de 11 mil unidades comercializadas entre janeiro e março. Como comparação, o segundo colocado do ranking, Honda Civic, faturou pouco mais de seis mil carros no mesmo período e o Nissan Sentra, coitado, protagonista desta avaliação, contabilizou modestos 769 emplacamentos no primeiro trimestre.
Com preços entre R$ 85.790 e R$ 107.790, o Sentra vem sempre equipado com motor 2.0 flex de 140 cv e câmbio CVT, sem simulação de marchas. A lista de itens de série é atrativa desde a configuração de entrada, com direito a botão de partida do motor, chave presencial, controles de tração e estabilidade, sensor de estacionamento traseiro e acendimento automático dos faróis. Na versão SV, que avaliamos e com tabela sugerida de R$ 94.790, há ar-condicionado digital de duas zonas, bancos de couro, central multimídia com tela sensível ao toque e câmera de ré.
Ao volante, o Sentra agrada com sua ergonomia afiada, posição de dirigir com toque esportivo (graças ao o volante à la Nissan 370Z e o ressalto do capô que invade o campo de visão do motorista) e bancos super confortáveis e que acomodam muito bem as costas dos ocupantes. O desempenho do carro também merece elogios, embora os 20 kgfm de torque não sejam tão expressivos atualmente no segmento em que a maioria dos rivais dispõe de propulsor turbo. Mesmo assim, o Nissan vai bem nas acelerações e retomadas de velocidade.
Outra qualidade do sedã é ser bastante firme em curvas, mesmo quando o motorista resolve abusar um pouco do pedal do acelerador. Nessas condições, a carroceria inclina muito pouco e a direção elétrica fica mais pesada para transmitir a devida segurança.
O acerto de suspensões privilegia o conforto, mas a batida seca de fim de curso dos amortecedores traseiros incomoda um pouco ao passar rápido por uma lombada ou buraco, por exemplo. O maior senão do modelo, entretanto, é o elevado consumo de combustível. As médias declaradas pelo Inmetro já não são animadoras: 6,7 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada, com etanol. Na prática, durante a semana de teste, o computador de bordo chegou a registrar 4,5 km/l no ciclo urbano.
Em termos de espaço, o Sentra volta a ser atrativo. Com 2,70 metros de entre-eixos, mesma medida Corolla, ele leva bem três adultos no banco de trás e tem um porta-malas bastante generoso, com capacidade para 503 litros. O nível de acabamento é muito bom, com destaque para o painel repleto de partes de toque macio. Já em comodidade, a falta de vidros elétricos com a função um toque para todas as portas (só a função de descida para o motorista), de saída de ventilação para o espaço traseiro e de mais de uma entrada USB são detalhes que merecem crítica.
E você? Gosta do Nissan Sentra? É dono de um? Compraria esse modelo ou prefere outros como Toyota Corolla, Honda Civic e Chevrolet Cruze? Comente para nós.
FICHA TÉCNICA
Motor: 2.0, 16V, flex
Potência: 140 cv a 5.100 rpm
Torque: 20 kgfm a 4.800 rpm
Câmbio: CVT
Tração: dianteira
Direção: elétrica
Porta-malas: 503 litros
Entre-eixos: 2,70 metros
Peso: 1.337 kg
Tanque: 52 litros
Rodas: 205/50 R17
Vão livre do solo: 18,6 cm
CONSUMO INMETRO
– 6,7 km/l (cid.) e 9,1 km/l (est.) – etanol
– 9,9 km/l (cid.) e 12,6 km/l (est.) – gasolina
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