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Ford revive clássico Mustang Bullitt, discreto, mas invocado, com V8 de 481 cv
Uma das principais estrelas do primeiro dia de imprensa do Salão de Detroit, nos Estados Unidos, que acontece nesta semana foi a homenagem que a Ford fez para um dos filmes mais clássicos para quem é aficionado por carros. Trata-se do novo Mustang Bullitt, baseado na versão S550 do muscle car, que traz o nome do filme de 1968 pelo qual Steve McQueen ficou conhecido por protagonizar uma das cenas mais arrepiantes de perseguição, a bordo, justamente de um Mustang.
O Bullitt é o tipo de carro que não precisa “fazer alardes” para ser cool, como o próprio Darrell Behmer, chefe de design do Mustang, fez questão de ressaltar. E é verdade. Assim como o clássico modelo do filme, o Bullitt atual não tem faixas, spoilers, aerofólio, nada. É um “sleeper”, cujo visual por fora só dá algumas pistas do que há sob o capô e do que ele é capaz de fazer. Entre essas dicas, estão as rodas de 19 polegadas, os pneus Michelin Pilot Sport, as pinças de freio Brembo vermelhas e a saída dupla de escape atrás.
Ao ligar o carro, o som visceral das ponteiras NitroPlate exclusivas da versão liberam o verdadeiro vigor borbulhante do V-Oitão de cinco litros que o equipa, aí sim, revelando que de discreto o espírito desse carro não tem nada. São 481 cv de potência e 58,1 kgfm de torque à disposição do pé direito, capazes de levá-lo aos 263 km/h de velocidade máxima. E, obviamente, controlado por um câmbio manual, de seis marchas, porque ele é raiz.
Assim como o Shelby GT350, o Bullitt conta com coletor de admissão maior, com borboletas de 87 mm e calibração especial da ECU do trem-de-força, tudo para extrair o máximo do carro, respeitando sua origem indomável.
Os felizardos que poderão comprar um desse, vão escolher entre preto e o verde original e se querem suspensão adaptativa MagneRide e e os bancos esportivos da Recaro. Tudo isso é secundário, quando você tem o privilégio de guiar o Bullitt. Ao menos é essa sensação que a Ford tenta vender pra gente — e eu acredito.
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