Publicado em
Performance
Honda Civic VTi 1993 tem motor turbo forjado e mais 500 cv de potência [Túnel do Tempo]
Por: Fabio Felix Pascoal / Fotos: João Mantovani
Honda Civic VTi é, provavelmente, o carro mais cobiçado, quando o assunto é preparação de compactos japoneses. Tanto que ganhou o apelido de Rocket Pocket, ou foguete de bolso, em português. O grande responsável por este apelido é o propulsor B16, um motor de quatro cilindros 16 válvulas — duplo comando variável na admissão e escape — que, originalmente aspirado, já rende invejáveis 160 cv a 7.800 rpm e chega à excelente relação de 100 cv por litro.
Sabendo desses atributos, o paulista Edson “Dinho” Yoshinori Sugiura, dono da 4D Garage — especializada na fabricação de escapamentos e coletores de alta performance —, tornou-se um fã de carteirinha desse foguetinho nipônico. Dinho, que morou um tempo no Japão, já teve vários VTi. Por lá, ele curtia treinos de drift em terminais de contêineres parecidos com esse das fotos. “Hoje, tenho dois 1993. Esse branco para andar na rua e outro, preto, em fase de finalização para competir em provas de arrancada.”
A oficina responsável pela preparação dos VTi é a paulista Steel, de Marcelo “Pezão” de Brito, famoso por preparar alguns dos quatro cilindros mais fortes do país. Pezão conta que já turbinou vários Rocket Pocket para o uso de rua e elogia seu funcionamento. “Este motor é animal! É uma pena que, nas provas de arrancada, seu uso não seja permitido em 99% das categorias, porque é importado. Caso contrário, seria uma febre nacional. É um motor elástico, que vira 9.000 rpm sem ter que mudar comandos ou cabeçote”, revela o preparador. Mas isso não vale para as partes internas do motor, que receberam componentes forjados, antes de ser turbinado.
Além de pistões e bielas, das americanas JE e Eagle, respectivamente, o 1.6 ganhou um blockguard, peça que apoia as camisas dos cilindros para anular as torções no bloco e evitar quebras. Feito isso, tranquilidade na hora de instalar o turbo Holset HX40, montado pela DNT Turbos.
Na parte de alimentação, todo o sistema de injeção e ignição foi substituído por componentes da brasileira FuelTech. “Ficou perfeito com oito bicos injetores IWP e quatro bombas de Gol GTi. O que deu mais trabalho foi adaptar um distribuidor de Gol Mi no VTi, pois a FuelTech não era compatível com o componente original do Honda. De resto, sem estresse”, comemora Pezão.
Para conferir o quanto ganhou de fôlego depois da preparação, Dinho levou seu VTi de rua para o dinamômetro Dynojet. São 427 cv nas rodas (ou cerca de 510 cv no motor!) com booster ligado e 1,7 kg de pressão de turbo — refrigerado por um intercooler frontal feito pela Belquip Competições. “Normalmente, utilizo apenas 0,7 kg de pressão e deixo o booster apenas para ocasiões especiais”, revela Dinho, satisfeito. “Esse branquinho está pronto, não tenho mais nada para mexer. Agora vou me dedicar ao VTi preto, que terá preparação pesada para ultrapassar os 700 cv…”
Mais Fotos:
Veja também
Performance
Ford desafia os limites da eletrificação no Pikes Peak com a F-150 Lightning SuperTruck
Performance
Depois de bombar nos EUA com 7.500 pedidos, novo Mustang GTD parte para a Europa
Performance
Em homenagem a Ayrton Senna, McLaren se pinta com as cores do Brasil
Performance
Último Corvette Yenko/SC? Versão com 1.000 HP é limitada em 60 carros
Performance
Adamastor Furia coloca Portugal no mapa dos países fabricantes de superesportivos
Performance