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Elétricos e híbridos
Dá para se divertir com o híbrido Toyota Prius? Tiramos a sua dúvida
Texto: Eduardo Bernasconi / Fotos: Leonardo Figueira
Em nosso canal official www.youtube.com/fullpowertv, publicamos recentemente um novo quadro: Resgate FULLPOWER. É uma experiência parecida com o Projects, onde personalizamos um carro, em apenas um dia. Além da curiosidade em ver o Golfão GTi pronto, vários seguidores da FULLPOWER se divertiram e comentaram ao verem um Toyota Prius em nossas mãos. O híbrido, lançado no Japão há quase 20 anos, já tem mais 5,7 milhões de unidades vendidas em 90 países. Ele chega à sua quarta geração e custa por aqui R$ 119.950. Usamos muito o Prius cedido pela Toyota do Brasil, para fazer a correria na montagem do Resgate e agora você saberá um pouco mais sobre ele, como funciona, curiosidades…
Para começar, esse modelo usa uma plataforma global da Toyota, semelhante inclusive à utilizada no sedan Camry, e ele é bem divertido mesmo sem fazer um 0 a 100 km/h de esportivo. Entrar no Prius, apertar o “botão da ignição“ e perceber que ele está pronto para partir sem fazer um ruído sequer é bem curioso. Até perto dos 50 km/h, e com o acelerador na casquinha, ele não dá um “piu” e roda 100% no elétrico. O pedal de acelerador tem um bom feeling e sua calibração foi revista para essa nova geração, por isso funciona de forma bem progressiva. Pisar fundo significa acionamento do quatro cilindros 1.8 de combustão interna: são 98 cv e 14,2 kgfm de força apenas nesse motor (com o elétrico, a total conseguido é de 123 cv, segundo a Toyota). Quer saber os valores só para o elétrico? Aí vai: 72 cv e 16,6 kgfm de torque.
Ou seja, no caso do Prius, não soma-se o elétrico + combustão interna para chegar ao resultado. De pé embaixo, os 100 km/h chegam em cerca de 11 segundos: está claro que não é um veículo para brincar contra o relógio. Em compensação, o consumo de combustível durante nossa avaliação ficou em 18,3 km/litro (a Toyota diz que ele é capaz de 18,9 km/litro). Rodando no anda e para das grandes cidades, o uso dos freios regenerativos ajuda na recarga da bateria, por exemplo. Com pouco esforço dá para rodar só no elétrico em pequenos trechos e manobras, ou seja, gastando praticamente zero combustível.
Além do silêncio, o conforto a bordo é grande e a tocada, tranquila. Banco do motorista tem ajuste elétrico e até ajuste para a lombar. A alavanca do câmbio CVT, continuamente variável, fica no painel (e não no túnel ou perto do console). Ela deve ser puxada para baixo, na posição D, Drive, para que o Prius se mova. Mesmo engatado, nem parece que está pronto para partir. É preciso encostar e empurrar o pedal do acelerador, já que a nave de 1.400 kg não se mexe apenas por estar engatada, como nos carros com motor a combustão e câmbio automático, por exemplo. Para que os dois motores trabalhem juntos, basta pisar mais fundo no acelerador. Isso ocorre de forma sutil e mal se percebe a entrada do quatro cilindros. Bem suave. Durante a condução, pode-se ver no painel quando o carro é levado pelo elétrico e quando está utilizando os dois motores: isso ajuda até a rodar com o pé mais leve e economizer energia/combustível. Ao tirar o pé do acelerador e frear, a tela também indica se a bateria híbrida, de níquel, está sendo recarregada – ela fica embaixo do banco traseiro.
Com mudanças na suspensão traseira, agora multilink (a dianteira é McPherson), ficou mais macio e absorve muito bem as irregularidades. Os pneus são focados em eficiência também, tanto na medida estreita, quando no material utilizado em sua construção (veja ficha técnica). O perfil dos pneus é alto é não adianta querer fazer milagres em trechos sinuosos ou querer acelerar feito louco. Até as calotas são aerodinâmicas para manter o consumo de combustível reduzido. A palavra de ordem aqui é eficiência. Para que possamos continuar fazendo alguns burn-outs nas próximas décadas, assim como queimar combustível de alta octanagem, precisaremos de muitos veículos tipos esse Toyota Prius para compensar a “zuera”.
Tecnologia
Além de toda a tecnologia visando eficiência energética, detalhes como carregar o celular colocando-o sobre uma base sem a necessidade de conectar cabo, head-up display com informações sobre o funcionamento do carro projetadas no para-brisas, tela touch-screen de 7” para comandos de navegação, som e camera de ré, tudo disponível no Prius. Até ar-condicionado inteligente que refrigera apenas as áreas onde há passageiros faz parte do pacote: o sistema reconhece se o banco traseiro está ocupado ou não e só refrigera lá atrás, caso haja ocupantes.
Manutenção
A Toyota prevê seis revisões, em seis anos, para o Prius e todas as concessionárias da marca, 214 no total, estão aptas a fazer. A garantia oferecida no modelo é de três anos e está disponível em sete cores: Branco (perolizado e liso), preto, prata, cinza, azul e vermelho. O preço dele é R$ 119.950.
Ficha técnica
Motor 4 cilindros em linha, 1.8, 16V, DOHC
Potência 98 cv a 5.200 rpm
Torque 14,2 kgfm a 3.600 rpm
Injeção eletrônica Multiponto Sequencial
Motor elétrico 72 cv
Torque 16,6 kgfm
Potência combinada 123 cv
Câmbio CVT
Direção Eletroassistida
Freios Discos ventilados (dianteira) Discos sólidos (traseira)
Rodas e pneus Aro 15”, 195/65
Peso 1.400 kg
Cx 0,24
Comprimento 4,54 m
Entre-eixos 2,70 m
Tanque 43 litros
As gerações anteriores do Toyota Prius:
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