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Carros de passeio

Porsche Panamera V6 de 462 cv é mais econômico que carros 1.0

O que um Porsche Panamera 4 E-Hybrid tem em comum com carros 1.0 à venda no Brasil? Praticamente nada; nem mesmo o consumo de combustível, pois a segunda geração do sedã de luxo – à venda no país por R$ 529 mil – é mais econômica.

Segundo o fabricante, o híbrido é capaz de fazer médias de 18 km/l na cidade e 26 km/l na estrada. Um Volkswagen up! 1.0 turbo, como comparação, faz 14,3 e 16,3 km/l, respectivamente, abastecido com gasolina, conforme o programa de etiquetagem veicular do Inmetro.

Tão expressivo quanto esses índices são os dados de desempenho dos motores do Panamera. O 2.9 V6 biturbo com injeção direta de gasolina entrega 330 cv e 45,9 kgfm. Já o elétrico, que pode ser carregado em tomadas convencionais de 220V, desenvolve 136 cv e 40,8 kgfm. A potência combinada é de 462 cv e o torque chega a brutais 71,4 kgfm.

Com esse conjunto, o sedã atinge 100 km/h em 4,6 segundos, de acordo a Porsche, e pode rodar por até 50 km, em velocidade de até 140 km/h, somente no modo elétrico. A transmissão é automatizada de dupla embreagem e oito marchas e a tração, integral.

Alojada na parte traseira, a bateria do motor elétrico pesa 130 kg e é composta por oito módulos, cada um com 13 células de íons-lítio. O tempo de recarga varia entre quatro e oito horas. A vida útil é de 15 anos e a garantia, de seis.

O Panamera 4 E-Hybrid é o terceiro híbrido do tipo plug-in fabricado pela Porsche – além dele, há o superesportivo 918 Spyder e o Cayenne E-Hybrid. Embora as médias de consumo impressionem, conforto e desempenho continuam sendo os principais atrativos de um Porsche. Tanto é que nossa avaliação do novo Panamera híbrido foi realizada em um autódromo privado, no interior de São Paulo, para que seus seis modos de condução fossem explorados.

Tal como o do 918 Spyder, seu volante multifuncional de ótima empunhadura traz um seletor giratório com os estilos de pilotagem. No E-Power, o sedã roda somente com a eletricidade. Como em outros carros híbridos e elétricos, o motorista tende a estranhar por alguns instantes a sensibilidade dos pedais do acelerador e do freio, que precisam ser pressionados com uma resistência maior que a habitual.

Ao girar o seletor para a direita, o modo Hybrid Auto entra em ação, alternando as fontes de propulsão conforme a demanda. Nessa configuração, o condutor pode ainda fazer dois ajustes por meio da central multimídia com tela sensível ao toque de 12 polegadas. Com um clique na função E-Hold, o carro utiliza apenas ao motor a combustão para preservar a carga da bateria. Na opção E-Charge, o motor V6 passa a ser um gerador das baterias. “Seu uso é indicado para a estrada, pois não influenciará tanto no consumo”, destaca Leandro Rodrigues, gerente de produto da Porsche.

Mais um giro no seletor e o Panamera começa a emitir um ronco mais empolgante pelas saídas do escapamento. No modo Sport, os parâmetros da direção elétrica, do câmbio e das suspensões independentes a ar são programados para uma condução esportiva. No último estágio, o Sport Plus deixa a suspensão no nível mais baixo e o controle de tração mais permissivo.

Se o motorista quiser ir além, basta apertar o botão no centro do seletor. De imediato, será surpreendido com uma repentina redução de marcha e verá o conta-giros central no quadro de instrumentos saltar para lá das cinco mil rotações. Chamado de Sport Response, o modo extra modifica todos os parâmetros possíveis para entregar toda a potência disponível por 20 segundos.

Tal como o desempenho, os níveis de conforto e de acabamento do Panamera 4 híbrido surpreendem. Couro, black piano, costuras aparentes e aço escovado estão por toda parte no painel. O console exige uma atenção extra antes mesmo de sair com o carro, em função da vasta quantidade de botões nem tão intuitivos. Com 2,95 metros de entre-eixos, o espaço é generoso para quatro adultos. Como os bancos de couro são individuais, não há como levar um quinto ocupante.

PRÓS: conforto, desempenho e médias de consumo

CONTRAS: comandos do console não são muito intuitivos

Ficha Técnica

Motor a combustão: 2.9, 24V, V6, biturbo, injeção direta de gasolina

Potência: 330 cv entre 5.250 e 6.500 rpm

Torque: 45,9 kgfm entre 1.750 e 5.000 rpm

 

Motor elétrico

Potência: 136 cv a 2.800 rpm

Torque: 40,8 kgfm entre 100 e 2.300 rpm

Autonomia: 50 km

 

Câmbio: Automatizado de dupla embreagem PDK de oito velocidades

Tração: integral

Direção: Elétrica

Suspensão: Independente braços sobrepostos na dianteira e multilink na traseira

Freios: Discos ventilados

Pneus: 265/45 R19 (dianteira) e 295/40 R19 (traseira)

Comprimento: 5,04 m

Largura: 1,93 m

Altura: 1,42 m

Entre-eixos: 2,95 m

Tanque de combustível: 80 litros

Porta-malas: 405 litros

Peso: 2.170 kg