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Stellantis investirá R$ 30 bilhões para lançar 40 novos carros na América do Sul até 2030

O grupo multimarcas Stellantis anunciou nesta quarta-feira (6) o maior plano de investimentos da história da indústria automotiva no Brasil e na América do Sul. Ao todo, no período entre 2025 e 2030, a empresa investirá R$ 30 bilhões para viabilizar o lançamento de 40 novos produtos na região.

“Este anúncio solidifica nossa confiança e comprometimento com o futuro da indústria automotiva sul-americana e é uma resposta ao ambiente de negócios favorável que encontramos aqui”, disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares. “Como parte fundamental da nossa estratégia de crescimento, a América do Sul assumirá um papel de liderança na aceleração da descarbonização da mobilidade, juntamente com nossos funcionários, nossa rede de fornecedores e nossos parceiros. Gostaria de agradecer a cada membro da equipe envolvido em ajudar a criar e executar nossa estratégia de investimento para que, juntos, possamos alcançar nossa ambição de liderar a neutralidade de carbono na indústria.”

O investimento bilionário da Stellantis na América do Sul também vai custear o desenvolvimento das novas tecnologias Bio-Hybrid do grupo, para reduzir as emissões de carbono dos veículos.

Executivos do grupo Stellantis

CEO da Stellantis, Carlos Tavares e Emanuele Cappellano, COO da Stellantis para a América do Sul

“Entramos em um novo ciclo virtuoso para o Brasil e para a região com este anúncio. Serão implementadas quatro plataformas globais, associadas às tecnologias Bio-Hybrid, mais de 40 modelos, além de oito novos powertrains e aplicações em eletrificação”, detalhou Emanuele Cappellano, COO da Stellantis para a América do Sul.

Plano estratégico Dare Forward 2030

A nova rodada de investimentos na América do Sul é parte do plano estratégico Dare Forward 2030 da Stellantis. Ousado até no nome (Dare Forward significa “Ouse avançar” em inglês), a proposta do grupo multimarcas é investir mais de 50 bilhões de euros (cerca de R$ 270 bilhões) para lançar novos veículos elétricos ao longo da próxima década. Até o ano de 2028, a empresa espera zerar completamente suas emissões de carbono.

Tecnologias Bio-Hybrid da Stellantis

A Stellantis afirma que um dos “protagonistas” dos novos investimentos na região sul-americana é a tecnologia Bio-Hybrid, que combina eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis em três diferentes níveis. O Brasil, pioneiro no uso de etanol, será o centro global de desenvolvimento dos sistemas propulsores híbridos, com as ações concentradas no Polo Automotivo Stellantis em Betim (MG).

Plataforma para carros BED da Stellantis

A plataforma Bio-Hydrid também pode ser adaptada para um veículo BED (Divulgação)

A tecnologia Bio-Hybrid é composta por três sistemas de motorização híbridos que serão gradualmente produzidos e introduzidos no mercado. Essas novas tecnologias incluem a Bio-Hybrid; Bio-Hybrid e-DCT com transmissões eletrificadas de dupla embreagem; e Bio-Hybrid Plug-In. Veículos com os novos motores híbridos começarão a ser disponibilizadas até o final de 2024, informou a Stelantis.

De acordo com a companhia, os sistemas Bio-Hybryd já são projetados para serem integrados em diversos modelos fabricados atualmente pelas diversas marcas do grupo.

A empresa ainda acrescentou que vai produzir um veículo elétrico a bateria (BEV) na região, mas não informou maiores detalhes.

Montadoras investem pesado no Brasil

O investimento de R$ 30 bilhões da Stellantis é o mais um dos grandes aportes que serão feitos na indústria automotiva do Brasil e da América do Sul nos próximos anos. Antes do grupo multimarcas, outras montadoras também anunciaram neste ano importantes investimentos na região, com a maioria deles concentrados no mercado brasileiro.

Fábrica da Volkswagen

Todas as quatro fábricas da Volkswagen do Brasil contarão com novidades até 2028 (Divulgação)

Somente até março deste ano, Hyundai, Volkswagen, BYD, General Motors e o grupo CAOA-Chery anunciaram investimentos bilionários no Brasil e na região sul-americana para desenvolverem novos produtos até o fim deste década e início da próxima.