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Customização

Edge e H3: desfilam de aro 26″ e um deles ainda revela sonzeira

Passeando de aro 26″:  rodamos com dois suvs exóticos. Ambos têm rodas gigantes e cores diferenciadas. E o ford ainda reserva surpresas em seu interior…

 

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Na redação de FULLPOWER, recebemos uma ligação de que havia um Ford Edge para fotografar. Do outro lado da linha, o (anônimo) proprietário dizia: “meu carro tem uma sonzeira de rachar o crânio e, de quebra, carroceria envelopada e rodas de 26 polegadas”. Ficamos curiosos com o tal SUV e fomos ao seu encontro. Só não esperávamos dar de cara também com um Hummer H3, calçado (pasme) com sapatos de 26”! Aliás, se você quiser parar o trânsito, chame um amigo e saia com essas duas naves, enfileiradas pelas ruas: por onde quer que seja, as pessoas ao redor te olharão como se estivesse a bordo de espaçonaves alucinantes!

Dizer que é confortável pilotar os carros é mentira, já que seus pneus são extremamente baixos (275/25 para o Edge e 295/30 no H3) e ambos possuem suspensão preparada. E, além de tudo isso, o ótimo asfalto de São Paulo pouco contribui para um passeio tranquilo — a sensação de que as rodas racharão ao meio ao passar por buracos é constante. Mas, tudo isso é compensado com a reação das pessoas ao quebrarem seus pescoços para admirar as naves. No caso do Ford, enlouquecerem com os graves do sistema de áudio. Falando nele, seu porta-malas mais parece o painel de uma nave intergaláctica, com módulos e subs iluminados por todos os lados.

Seu projeto foi feito pela Krocokar, de São Paulo, (SP), e Fabio D’Elia, proprietário da instaladora, conta um pouco do sistema. “O dono desse Ford já teve diversos carros supersonorizados, sempre feitos pela gente. Em todos, sem exceção, o som teve como objetivo graves ignorantes”, conta o especialista. Com a explosão do funk no Brasil, nem precisa dizer o que toca no interior do Edge (e por muitos metros fora dele…). O grave mais parece uma martelada no corpo, tamanha a potência. Também, com dois subwoofers alimentados por dois amplificadores de 1.000 W RMS potência, o resultado não poderia ser diferente. Aperte o play e, depois do “tchu-tchá, tchu-tchu-tchu-tchá”, você estará totalmente arrependido de tal experiência. O grave dos falantes estremece sua vista e, mesmo que quiser olhar pelo retrovisor interno quem vem atrás, esqueça: o acessório perdeu a sua função com toda a tremedeira vinda das baixas frequências.

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Com todo esse poderio de guerra, o conjunto ainda reserva muita qualidade para ouvir um som mais tranquilo. “Basta entrar no processador de áudio e optar pela segunda equalização, voltada para músicas instrumentais. Além de o grave dar uma trégua e tocar ameno, o estéreo entra em ação e comprova a qualidade dos componentes de voz”, diz Fabio. Nesse caso, ele se refere a dois kits de três vias, instalados na dianteira e na traseira — ambas as portas foram preparadas acusticamente, com masta asfáltica e feltro especial, para aumentar a performance dos falantes. Nas colunas A, inclusive, o pessoal da Krocokar conseguiu posicionar o par de tweeters e os dois midranges, cuidadosamente direcionados os ocupantes.

Com todos esses upgrades, o player original do carro continua comandando o entretenimento. Filmes, TV, câmera de vídeo… Tudo é repassado no monitor do painel e, apenas quando preciso mais potência ou mudar a configuração, utiliza-se o controle do processador.

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desfile de rodas
Não se deixe enganar que, para ter um SUV do além, basta comprar rodas aro 26” e instalá-las. Segundo André Andrade, da paulistana Two Brothers, são necessários muitos cálculos para, enfim, adotar sapatos enormes nos carros. “Nesses dois casos, precisamos testar diversos pneus até encaixar os jogos de rodas. Além disso, a suspensão dos dois precisou de um acerto fino para altura ficar na medida”, salienta.
Talvez pela própria construção, o H3 recebeu os componentes com maior facilidade e pouco percebe-se estar montado em aros 26” ao rodar com o carro americano — no Edge, dependendo do asfalto, os pneus traseiros raspam de leve nos paralamas. “Isso é algo que não me incomoda nem um pouco. Para mim, o que importa é ter um carro exclusivo e, por onde passar, deixar as pessoas desacreditadas com o Ford”, garante o proprietário. Partindo dessa ótica, acho que estamos absolvidos pelo Hummer não conter uma sonzeira e compor o cenário, não?!?

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Texto: Giuliano Gonçalves

Fotos: João Mantovani