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Customização

Ecosport ganha modificações bem street

No desenho animado Capitão Planeta, era preciso unir os poderes de cinco super-heróis para, enfim, dar o máximo de força para a estrela principal (o Capitão Planeta). Aqui, no mundo real, seguimos uma regra parecida para criar o “SuperEcoSport”: reunimos o poder da suspensão, do envelopamento, do som, das rodas e da performance!

Para montar o projeto, contamos com a parceria de amigos que, assim como nós, jamais se contentam com o aspecto original de fábrica. “Esse carro, baixinho, ficará perfeito!”, apostou André Luiz, da Castor Suspensões e responsável por incorporar ao Ford um sistema com acionamento a ar. Com cilindro e compressor, foi a maior diversão passear com o novo Eco rastejando no chão. E, o melhor: o sistema saiu de cena e não deixou sequer um vestígio, comprovando sua reversibilidade!

Regulagem de altura da suspensão é pelo controle remoto

Com o auxílio de instrumentos, sabíamos até onde podíamos baixar a altura, sem comprometer nem raspar o carro. Ah, e essa manipulação de altura era feita por um controle remoto sem fio, facílimo de operar! Segundo André, um conjunto de suspensão como esse sai a partir de R$ 2.100 e consome apenas dois dias para a conclusão. “Como já temos o molde da suspensão do novo Eco, o maior trabalho é tirar o conjunto original e instalar o esportivo”, afirma o especialista. Nesse projeto, ele utilizou válvulas com medida de 1/4, que movimentam as bolsas de maneira suave. Caso o cliente prefira algo mais radical, ele indica peças de meia polegada.

Com a suspensão no lugar, partimos para a Colonial Rodas, onde Thiago Francki já nos aguardava ansioso para testar o jogo de redondas Gallop Veneza, de 18 polegadas. “Acho que ela cairá legal, pois é pintada com uma cor semelhante aos acabamentos externos, como retrovisores e rack de teto”, mandou o especialista em rodas. Partimos da Colonial com os “novos sapatos” e, claro, chamando ainda mais a atenção dos curiosos. A próxima parada seria na LuukFilm, especializada em envelopamento.

Novas rodas e pneus, aro 20″, foram instaladas na Colonial Racing

Como referência, levamos uma foto do Focus RS, modelo esportivo vendido lá fora. Luiz Agostinho deu uma olhada na imagem, balançou a cabeça de forma positiva e disse: “dá para fazer um detalhe branco nas faixas… O que acham?” Concordamos com ele e o deixamos trabalhar. Cerca de três horas depois, o EcoSport estava adesivado e, nós, cada vez mais animados com o resultado das modificações. “Agora eu já tenho o molde dessas faixas. Se um cliente curtir a ideia, tenho o adesivo à pronta entrega”, assegurou Luiz.

Luiz “Alemão”, da Luuk Film, mandou ver nas faixas adesivas do Eco

Dali, combinamos um encontro com Silvio Sakata, especialista de mão cheia na área de som (que faz parte da Koyama Imports). Chegando lá, ele ouviu o áudio original e deu o seu parecer: “Os falantes são bastante fracos. Com novo kit duas vias na dianteira e um par de coaxial na traseira a mudança será enorme”. Como um segundo estágio, ele incluiu um processador de sinal, um módulo de cinco canais e um subwoofer, montado no vão da tampa do porta-malas — esse local, aliás, foi muito elogiado por Sakata. Para quem busca um sistema high-fidelity, ele sugere trocar o kit dianteiro por um três vias, eliminar os coaxiais e utilizar um módulo de dois canais para o estéreo e um de um canal para o mono. Ponto negativo: a unidade principal! “Fizeram um equipamento para não ser mexido. Além de compor o desenho do painel, tem funções e configurações do carro incorporadas, o que torna um risco sua substituição”. Boa notícia: o player original tem a função DSP, a qual customiza a ambiência do áudio.

Coração valente

O motor que equipa este EcoSport é o valente 1,6 litros flex Sigma: foi o primeiro motor flex com bloco, cabeçote, cárter e pistões de alumínio, o que o torna leve, durável, econômico e com baixo nível de ruídos e emissões. Mas, não pense que é um motor “recém-nascido”: ele vem sendo lapidado desde meados de 1990, quando foi concebido em parceria com a Yamaha.

Motor 1.6 16V Sigma foi remapeado e recebeu filtro de ar esportivo

E, será que ele atende às exigências dos aficionados por performance? Para responder à pergunta, levamos o Ford ao Galpão FULLPOWER para aferir seu comportamento com pequenas modificações, sem comprometer dirigibilidade, emissões… Com o carro no dinamômetro de chassi, o primeiro passo foi comprovar se os 115 cv de potência a 5.500 rpm e os 15,9 kgfm a 4.750 rpm (rodando no etanol) declarados pela fábrica apareceriam no rolo.

No dinamômetro da FULLPOWER, ganhou torque em baixa e potência lá em cima

Na primeira medição surgiram 120,1 cv a 6.213 rpm e 17,4 kgfm a 4.544 rpm. Com esses números, parecia que “desse mato não haveriam muitos coelhos para sair”. Mas, mesmo assim, optamos por utilizar um filtro de ar esportivo da americana K&N, modelo in-box (vai dentro da caixa de ar original). Com o novo elemento instalado em menos de 10 minutos, partimos para o dino. Mesmo sem ver os números apontados no equipamento, senti que o giro subiu mais rápido e liso. Para a surpresa de todos, o ganho foi de estúpidos 7,4 cv, passando para 127,5 cv a 5.767 rpm e 17,9 kgfm de torque a 4.197 rpm. Apesar do torque máximo ser praticamente o mesmo, ele veio mais cedo em toda a faixa de giro — isso melhorou a dirigibilidade, pois ganhou força em baixas rotações.

Personalização: FULLPOWER na faixa

Com o surpreendente resultado apenas com a troca do elemento filtrante, resolvemos radicalizar um pouco mais com a adoção de um kit Typhoon air intake, também da K&N, específico para o motor Sigma 1.6. A instalação, muito simples, consumiu pouco mais de 40 minutos e é 100% reversível. No dino, mais uma vez fomos surpreendidos: 131,2 cv a 5.532 rpm, com torque firme e forte na casa dos 17,9 kgfm. Sem dúvida, um belíssimo 1.6 avaliado por FULLPOWER!