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Golf GTI MK7 ganha rodas de Porsche e preparação no motor para fazer bonito pelas ruas de Curitiba
Texto e Fotos: João Mantovani
O empresário curitibano André Souza, 32, já teve diversos carros da VW em sua garagem, desde quando ele completou 14 anos de idade. “Eu nem sabia dirigir quando comprei meu primeiro Passat, um 1975. Juntei dinheiro e arrematei de um amigo. Junto com meu primo, que tinha 12 anos na época, aprendemos a guiar na raça”, brinca o agora dono do Golf GTI e da Variant dessa matéria. Como de costume em seus brinquedos, todos são preparados, rebaixados e ganham rodas exclusivas. A lista, que não vai parar por aqui, “já teve de tudo”, garante. “Saveiro Bola, G5, G6, diversos Gol e Golf, meu modelo favorito!”.
E sabe quando o sujeito é completamente viciado em carros, aquele sentimento que envolve ansiedade e desespero para comprar, equipar e ver pronta a nave dos sonhos? André é desses que não se aguenta. Quando tinha um Golf Sportline 2014, zerado, a VW fez o favor de lançar os MK7, e lá foi ele à concessionária mais próxima buscar o dele. Ainda não era esse GTI das fotos, mas um modelo TSI, 1.4, que foi trocado por uma Saveiro Cross. E, como de costume, durou pouco em suas mãos. “Na época, a VW fez um evento no Autódromo Internacional de Curitiba e fui testar o GTI. Pronto. Paixão à primeira vista”, conta André.
Contaminado pelas voltas rápidas na pista paranaense, o cara voltou para a concessionária a bordo de seu Sportline pediu que a esposa o acompanhasse com o Golf TSI. Sua ideia era trocar os dois em um GTI, pois só assim conseguiria dormir tranquilo. Pelo menos por alguns dias… Negócio fechado e apenas uma certeza: “Pelo custo/benefício, o GTI é excelente. Um carro desse nível, só BMW ou Audi, que são muito mais caros”, analisa o entusiasta.
Com a nave zerada nas mãos, começou a fazer o que sempre faz: preparar para ficar de acordo com seu gosto. Primeiro, mandou ver no sistema de som que prioriza graves, mas não é exagerado. Usa equipamentos JL, como o módulo HD 900S, de 7 canais, e sub de 12”, um W6 V3. Falantes são da Focal, com dois kits coaxiais de 6” e tudo é ajustado com um processador Bit One da Audison. Para completar, tweeters B&W, residenciais, e mantas acústicas nas portas, da Stereo Lab, para evitar vibrações na carroceria.Tudo feito na Rally Som, que já conhece as preferências de André. “Sempre faço o mesmo esquema e essa parte foi a mais fácil de resolver”, conta, mostrando que a preocupação mesmo ficou por conta das rodas que equipariam o GTI e a altura em relação ao solo, que precisaria ser baixa.
Primeiro, André achou que molas esportivas e um jogo de redondas aro 19” seriam suficientes. Mas não. “Eu queria algo mais, então fui atrás de um jogo de suspensão coilover H&R e investi nas rodas Kraftberg de cinco pontas”, explica. “Um dia, fui sair da garagem e senti que algo enroscou embaixo do carro. Era um tênis. Tive que dar ré para tirar ele de lá!”, se diverte, feliz com o resultado do conforto, mesmo rodando bem perto do chão.
Bom, agora não teria do que reclamar. Tudo no esquema. Certo? Não!? Caramba, o cara não cansa… Na verdade, começou a viajar. E pesado. Mergulhado em sites gringos, vasculhou o que existe de MK7 preparado no mundo até descobrir, finalmente, o que realmente queria. Seu objeto de maior desejo está aí, instalado na ponta dos eixos de seu Golf. As rodas originais de Porsche Boxster, adaptadas com flange (que converte de 5×112 do Golf para 5×130 do Porsche) para a furação do carro, apareceram depois de André avisar todos seus contatos se algum modelo aparecesse para venda. Quando recebeu a ligação, numa sexta-feira, sobre a disponibilidade deste jogo, nem pensou. Fechou negócio e foi, na mesma madrugada, para São Paulo, buscar a mercadoria. “A oportunidade era essa e aproveitei. Já tive propostas muito interessantes para vendê-las, mas por enquanto elas ficam aqui comigo!”, brinca André.
Depois de alguns meses rodando com o GTI, o que era óbvio aconteceu. “Me acostumei com a potência original dele, perto dos 240 cavalos, e decidi dar uma melhorada na performance. Colaborou para minha decisão a chegada da APR aqui em Curitiba, comercializada pela oficina Italiano Competições”, explica. Para agora, foi escolhido o Estágio 2, que mantém o turbo orginal, mas eleva sua pressão máxima de trabalho para 1,9 kg, segundo o preparador, que estima algo em torno de 340 cavalos no GTI. “Agora, vou sossegar um pouco nesse carro e colocar minhas energias em um novo projeto. Se não der certo, vou trocar a turbina e deixar o Golfão ainda mais forte”, avisa André.
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