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Customização
Exclusivo: saiba tudo do novo Jeep Compass customizado pela Mopar
Texto: Eduardo Bernasconi / Fotos: Leonardo Figueira
Mais um SUV começa a sair da linha de montagem em Goiana (PE), agora em Setembro. O novo Jeep Compass, até então conhecido como Projeto 551, usa alguns itens da picape Toro e do Renegade, como motor e câmbio da versão turbodiesel, 2.0, quatro cilindros, por exemplo. O flex é um 2.0 só para o Compass, por enquanto (diferente do quatro cilindros dos outros modelos). Detalhes da suspensão, furação e off-set de rodas, freios, e outros componentes são dos veículos que já saem da fábrica pernambucana.
FULLPOWER rodou com a versão flex, em São Paulo, e conferimos alguns detalhes da versão Mopar, criado pelos profissionais do Design do grupo FCA. A cor da carroceria do Compass “moparizado” não é de linha. O branco fosco é um adesivo Oracal, linha 970, especial para uso em veículos e parece mesmo ser uma pintura pelo acabamento tão perfeito. Segundo Marcírio Takano, um dos profissionais que participaram do projeto da Mopar, a alta performance dos materiais importados ajudou muito. “A Oracal, alemã, faz películas em cores diferenciadas e com qualidade necessária para o mercado automotivo. Na hora de aplicar, o material tem que esticar sem estourar, fazendo curvas de um para-lamas, por exemplo, sem exigir emendas. Cada peça do novo Compass é uma parte da bobina apenas. Não tivemos de emendar. Além disso, a escolha pelo fosco, arriscada, exige manutenção e limpeza periódicas. Com esse Oracal, pode-se limpar com qualquer produto de lavagem a seco e mantê-lo limpo com uma cera líquida”, explica Takano.
No visual, o teto foi mantido preto brilhante, assim como as colunas A e B. Uma faixa decorativa em azul e dois tons de cinza, também com uso de Oracal, deram velocidade às linhas. Os cromados no acabamento da grade são originais, porém maçanetas e capas de espelhos, que eram na cor de linha do Jeep (branco pérola) foram feitos na Artmix, uma casa especializada em pintura de capacetes e itens de automobilismo.
Bruno Theil, o responsável por essa arte, explica que pintar para atingir o efeito de cromo é um trabalho árduo, cuidadoso e lento. “Como são peças plásticas, não dá para mergulhar em banhos químicos pesados. Nós dedicamos muito tempo à preparação para receber essa pintura especial para que o efeito fique igual ao cromado que conhecemos de peças metálicas”, diz Theil. Segundo a fábrica, deve haver uma edição especial, Chrome, com alguns detalhes espelhadões. A Mopar já se antecipou e fez a sua versão com detalhes nesse acabamento.
Para acompanhar esses detalhes, as rodas Tsuya aro 20, modelo Curve e tala 8,5”, furação 5 x 110 (difícil achar rodas esportivas nessa configuração) foram escolhidas a dedo: a borda de inox polida conversa com os detalhes cromados. Na hora da montagem, as pinças de freio passaram por um processo de pintura também, em preto, para que os conjuntos rodas/pneus se destacassem. Os borrachudos são 245/45 R20 e para não encostarem no telescópio dianteiro, foram jogados 5 mm para fora (continuam dentro dos para-lamas). Saíram de cena as rodas originais, aro 18, caçadas com pneus 225/65. Essa troca do conjunto, agora com pneus de perfil bem mais baixo, exigiu um leve rebaixamento do Compass, em cerca de 5 centímetros.
Diferentão por fora, merecia alguns cuidados internamente também. Bancos e laterais de portas, originalmente em tecido e pretos, tudo escuro, ganharam vida e claridade no uso de diferentes tipos de couro cinza, perfurados e lisos. O trabalho da Tapeçaria Alemão, feito em menos de cinco dias, alterou detalhes da costura de fábrica. Internamente, também há acabamentos que simulam cromo, também mantendo o diálogo entre cabine e carroceria.
Mas é a sonzeira que apavora no Compass Mopar. A unidade central original e amplificada, empurra um sistema Beats que foi turbinado pelo time da W30 Culture Sound. Marcio Luiz usou alguns truques e mais equipamentos da Audiophonic, como kits duas vias, dois sub-woofers e deu férias permanentes para o estepe fino que originalmente vai no porta-malas. Com uma caixa selada para dois subs de 10”e dois amplificadores (um mono e um stereo), os graves agora arregaçam dentro do 551 e quem tem cabelo sente a propagação pesada das batidas.
Quem comprar um Compass novo, agora muito mais bonito e literalmente uma miniatura dos SUV maiores Cherokee, vai ter muito mais estilo e já pode se inspirar nessa versão moparizada. Quem quiser ver de perto, essa nave estará no estande da Jeep no Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece em Novembro, no novo pavilhão de exposições, o SP Expo (antigo Expo Imigrantes).
2.0 Sport Flex Automático seis marchas: R$ 99.990
2.0 Longitude Flex Automático seis marchas: R$ 106.990
2.0 Limited Flex Automático seis marchas: R$ 124.990
2.0 Longitude Diesel Automático nove marchas: R$ 132.990
Trailhawk Diesel Automático nove marchas: R$ 149.990
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