Publicado em
Customização
Ford Edge recebe processadores e falantes top de linha
Fidelidade processada – para atingir o máximo de fidelidade, sistema de som de Edge recebe falantes top de linha e dois processadores de áudio. A experiência nessa caranga é alucinante!
Sabe aqueles filmes de ação, onde um agente especial faz parecer fácil a invasão no banco de dados de uma pessoa? É mais ou menos o que aconteceu nesse Ford Edge 2013: seu sistema de som original, que impede qualquer modificação, foi completamente alterado e, agora, tornou-se um dos melhores lugares para se ouvir música! Responsável por esse “laboratório”, Sussumu Tugumi, da paulistana Top’s Garage, conta como foi desafiar especialistas da JL Audio em uma missão sonora quase impossível. “Antes de iniciar o projeto, perguntei para eles (JL) sobre o uso de dois processadores de sinal simultâneos, e logo recebi a resposta: ‘vai ocorrer conflitos entre os equipamentos e um eco no áudio será muito provável’, disseram-me. Mas, curioso que sou, contrariei e parti para dois JBL MS-8, cada um com oito canais”, conta.
Essa “sede” por utilizar dois processadores tinha uma razão específica: possibilitar o acerto fino de cada alto falante e reduzir a quantidade de componentes no carro. “Se não fosse assim, eu teria que utilizar crossovers passivos, que não permitem diversas regulagens, como correção de tempo, equalizador… E ainda precisaria compensar com muitos outros componentes, comprometendo ainda mais o espaço interno do carro”, explica o especialista.
Além disso, o MS-8 também cumpre a função de conversor de áudio e amplificador de sinal, com potência de 30 W RMS por canal. “Essa foi outra vantagem em utilizá-los, pois serviram para sustentar o sinal do novo canal central, de duas vias”, diz Sussumu. Todo esse investimento fazia sentido, pois o “suprassumo” dos falantes da francesa Focal entraria na dianteira do Edge, e o acerto fino de seu áudio seria uma das prioridedades desse sistema, executado em pouco mais de dois meses.
“Levei nada menos do que um mês fazendo as molduras das colunas A, para direcionamento de midrange e tweeter”, revela o instalador, acrescentando que todo cuidado é pouco ao manusear esse kit: “os tweeters possuem domo de berílio, material muito fino e delicado. Qualquer vacilo e a superfície quebra como um vidro”, adverte. Ele não teve tanta sorte, e nesse projeto um dos componentes sofreu avarias. Resultado: desembolsou R$ 2.800 por um único tweeter!
Se você achou caro, é porque ainda não sabe o preço de um kit Utopia 7 completo: cerca de R$ 16 mil! “Para um investimento desses, recomendo que o entusiasta procure por instaladoras renomadas. Afinal, o valor envolvido é muito alto e é preciso ter um respaldo pelos profissionais”, diz Sussumu.
Outro ponto levado em consideração foi revestimento acústico, o qual utilizou quatro rolos de manta Focal, cada um com dois metros. “Com todo esse trabalho, ainda tivemos sorte de pegar um carro com acústica privilegiada, pois a versão Limited, top de linha, sai com parabrisa e vidros laterais dianteiros com lâmina dupla, reforçando o silêncio a bordo”, lembra o especialista.
Completando o envolvimento do estéreo, as portas traseiras abrigam os midbass de outro kit Focal, duas vias, linha K2 Power. Os tweeter, nesse caso, são posicionados no alto, sobre a cabeça do passageiro — local original dos Edge. “Aproveitamos o tamanho reduzido desses falantes para melhor direcioná-los”, lembra o instalador. Ao olhar para o porta-malas, você deve imaginar: “tem módulos sobrando nesse Edge”. Acredite, mas quase faltaram canais para sustentar esse hi-fi sobre rodas… Um módulo de quatro saídas alimenta tweeter e midrange do Utopia, enquanto outro, idêntico, supre os midbass dianteiros e traseiros. Quanto aos outros dois amplificadores mono, cada um é ligado a dois subwoofers, esgotando, assim, todos os canais dos componentes.
E, por falar em subs, Sussumu projetou quatro caixas dutadas (independentes) para eles, cada uma com 36 litros. “Sintonizadas para tocar bem baixo, elas promovem frequência mais do que exclusiva, perfeita para sistemas hi-end”, afirma. Na prática, os graves são tão fortes quanto equilibrados, tornando a pressão dentro do Ford algo difícil de explicar. Se por um lado os subwoofers tocam a partir de 35 Hz, os midbass das portas vão de 80 Hz a 250 Hz, completando a baixa sinfonia.
Midrangers entram na sequência, subindo forte até 4 KHz. “Quando você parte para um kit de três vias, dificilmente voltará a um de duas. O som é incomparável e, sem dúvida alguma, superior”, elogia o dono do carro, que prefere preservar a identidade. Ele ainda conta com uma regulagem manual de ganho, para grave, médio e agudo. “Ouço qualquer estilo musical com o mesmo nível de qualidade. Se quiser diminuir o grave, apenas giro um botão. O mesmo vale para aumentar ou diminuir médios e agudos”, explica.
Na prática, o que se ouve é um áudio cristalino, com palco sonoro impressionante. Por vezes você esquece estar dentro de um carro e acredita curtir um show ao vivo. “Sou amante de som de qualidade e, para mim, isso é uma grande realização”, garante o dono do carro, que já teve outro com sistema hi-end (parte do projeto anterior migrou para o Edge) e ostenta sistema de alta fidelidade também em sua casa, com componentes Focal.
Com todo esse investimento, a segurança não poderia ser deixada de lado. Dessa forma, além de sistemas especiais de ventilação e exaustão para os equipos (ocupam o local onde haveria o estepe), dois porta-fusíveis foram adicionados, para processadores e amplificadores — de 60 e 40 amperes, respectivamente. Quanto aos cabos, Sussumu não tem nenhuma preocupação: “há um cabo de energia de 54 milímetros (Stinger), RCA Van Den Hul e paralelos Monster, todos de altíssima qualidade. FULLPOWER testou e aprovou: realmente esse conjunto revela qualidade ímpar!
Texto: Giuliano Gonçalves
Fotos: Luciano Falconi
Veja também
Carros de passeio
RS6 e RS7 em edição especial: interior diferenciado
Customização
Pininfarina lança série de hipercarros inspirados no Batman
Customização
Karmann-Ghia roda em São Paulo no estilo da Califórnia
Customização
Rara Kombi “barndoor” de 1950 passou por customização polêmica; entenda o caso
Customização
Ford 1932 apodrecido é resgatado em fazenda e vira um hot rod impecável
Customização