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Golf segunda geração recebe estilo e motor 2.0 aspirado
Raridade: Golf GTI MK2 renasce nas mãos de colecionador paulista e ganha motor 2.0, rodas BBS, bancos Recaro, nova pintura…
A versão GTI do Golf, lançada na Europa em 1976 e em 1983 nos EUA, foi responsável pela criação do gênero “pocket rocket” (ou foguete de bolso). No embalo de seu sucesso, muitas outras montadoras seguiram esta fórmula e lançaram versões esportivas dos seus hatchbacks de entrada. A ideia era bem direta: pegar um carro pequeno, leve e econômico, acrescentar umas boas pitadas de performance para torná-lo esportivo, sem perder a praticidade.
Nos Estados Unidos e no Canadá, o Golf foi comercializado de 1975 a 1984 sob o nome de Volkswagen Rabbit. Já no México, era o Volkswagen Caribe. Esse das fotos foi um dos primeiros modelos equipados com injeção de combustível mecânica, que elevou a potência do motor 1.6 de 90 cv para 108 cavalos. Mas, isso quando era original. Neste caso, um 2.0 aspirado já ocupa o cofre do motor.
Aqui, trata-se de um modelo de 1984, um dos primeiros GTI da segunda geração (Mk2). “Encontrei esse carro na internet e viajei de São Paulo a Teresópolis (RJ) para conferir se ele estava com a carroceria íntegra, como dizia o anúncio”, relembra Renê Miyagushi, responsável pela restauração e customização deste VW. Nas mãos de Renê, o Golf ganhou uma nova e reluzente pintura, mantendo a cor vermelha original. A suspensão agora tem molas e amortecedores especiais, deixando a carroceria levemente rebaixada. “O carro é de um colecionador, que fez questão de adotar um jogo de rodas originais BBS modelo RS-GT, como pede um Golf como este”, conta o customizador.
Para deixar o “coelho” um pouco mais esperto, foi utilizado um motor 2.0 do Golf 1995 com cabeçote de fluxo cruzado, comando Crane 288 e coletor de escape dimensionado 4×1. Com esse veneno básico, o carro ficou bem gostoso de tocar. O pouco peso do pequeno, aliado aos 150 cavalos estimados por Renê, deixaram seu comportamento esperto e com retomadas agressivas, como espera-se de um bom aspirado.
No interior, os bancos originais foram substituídos por um par de Recaro vindos do Gol GTS 1994. “O mais difícil foi conseguir encontrar o tecido original do modelo para revestir o banco traseiro. Não foi fácil, mas valeu o trabalho”, finaliza o customizador, feliz em ver seus projetos clássicos roncando com saúde nas estradas.
Texto: Fabio Felix Pascoal
Fotos: João Mantovani
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