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Customização
Lexus GS 400: um VIPstyle na pegada da máfia japonesa
Lá no Japão, os VIP Style eram associados a um grupo criminoso conhecido como Yakuza, com mais de 100 mil associados.
Os chefões desta máfia usavam como base sedans caros, top de linha na Terra do Sol Nascente, especialmente Lexus, a divisão de luxo da Toyota. Hoje em dia, esse tipo de customização se alastrou e há carros alemães e americanos, por exemplo, montados no mesmo estilo. Os pontos altos dessa personalização dos “fora da lei” japoneses são rodas largas, suspensão rebaixada, carroceria alargada, sistema de áudio e vídeo, entre outros.
Roberto Kishi, um fã de carros modificados de São Paulo, montou um belíssimo GS400, 1998, na pegada nipônica. “Eu gosto de motos e carros modificados. Conforme consigo, monto naves diferentes para rodar na rua ou para acelerar em Track Days”, conta o paulistano.
Depois desse GS400 V8 4.0 inteirão, Kishi começou a comprar alguns equipamentos pela internet. Spoiler dianteiro e aerofólio traseiro, por exemplo, foram adquiridos on-line. Os paralamas e laterais traseiras foram alargados e pintados, pois um VIP Style de responsa tem que ficar anabolizado e escondendo um pouco de pneu stretch, R18, 215/35 dianteiros e 225/30 traseiros. O sistema de suspensão escolhido, a ar, foi instalado na Charada Film (SP) e permite rodar rente ao chão graças ao acerto de cambagem negativa das quatro rodas Lowehart LR5, três peças e talas 9,5“ e 10,5”.
Atrás, por exemplo, são oito graus negativos, deixando um aspecto bem radical do conjunto roda/pneu em relação à carroceria. Esse jeitão torto foi conseguido com alterações nas bandejas — corte e solda — e com uma barra de rosca sem fim. Na frente, a cambagem é de quatro graus negativos. “Parece estranho, mas o que está por vir é pior. Kishi está importando do Japão as bandejas prontas para essa personalização e a graduação vai ser animal: -7o na frente e -11o atrás”, revela Daniel Lopes, da H3 Customs.
Internamente, os VIP Style devem ser tão bem tratados quanto a parte de fora e até detalhes de uso pessoal fazem parte do carro. No caso de Roberto, ele usa um amuleto típico do Japão pendurado no espelho interno. “Isso é tradição no VIP: o dono do carro personaliza como quer e leva seus objetos pessoais para ter sorte. No meu caso, levo um Fusa kiku Knot, da Junction Produce, marca tradicional nesses acessórios”, fala o supersticioso dono.
Mas, é no som montado pela H3 Customs que o bicho pega. Uma unidade central Pioneer DVD-player 8085BT comanda o sistema.
Os kits duas vias JBL de 6” foram instalados nos locais originais e quem vai de passageiro nem percebe alterações. Ao abrir o porta-malas, dá para entender o poder da sonzeira: dois subs de 12”, JBL, linha MS, estão montados em uma caixa selada com aproximadamente 35 litros de capacidade. Dois amplificadores mono e um estéreo, da mesma marca, empurram tudo, enquanto um capacitor de 3 farad segura o pico dos graves.
Os olhos não veem, mas um revestimento de manta asfáltica pelo porta-malas encorpa os graves. Mesmo com tantos equipamentos, o estepe continua no local original e pode ser removido no caso de um pneu furado. Dá para notar o pneu extra pela tampa com acabamento em couro e um acrílico com um brasão Vip/Luxury, duas palavras essenciais no estilo da máfia japonesa.
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