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Customização

Nissan March recebe graves de peso e mudanças no visual

Inseto sonorizado: dono de loja de som radicaliza seu Nissan March. Além de sistema sonoro com graves de peso, mudanças no visual garantem mais estilo ao pequeno Hatch.

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Alexandre Magno Oliveira prefere fugir do comum na hora de comprar carros para equipar. Dono da Lotus, empresa do bairro de Santana, na capital paulista, utilizava um Peugeot 307 para divulgar seus projetos de sonorização automotiva. Depois de desmontar e vender o francês pouco explorado no mundo da personalização, decidiu ir além e comprou este Nissan March 1.6 para trabalhar como cartão de visitas da empresa. “Aqui na loja, curtimos fazer projetos em carros que não costumam ser modificados. Neste caso, o March faz bem o papel de chamar atenção”, revela Alex.

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Inicialmente, a “Joaninha” — apelido carinhoso que Alexandre deu ao carro — ganhou um trato em seu exterior. Rodas aro 17” pintadas de grafite fosco foram instaladas na loja Rocha Pneus e vestem borrachudos mais baixos (185/35). “Optei por pintar as rodas nesta cor para deixar o visual mais discreto. Originais, elas eram prateadas e destoavam muito”, afirma o proprietário.
Para ficar ainda mais invocada, a viatura estacionou na oficina Ronaldo Amortecedores e tomou uma bela rasteira na suspensão, com direito a molas e amortecedores preparados. “Todos os meus carros foram rebaixados e este não poderia ser diferente. O trabalho realizado ficou excelente, exatamente na altura desejada, sem perder completamente o conforto”, comemora Alex.

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Nada pronto
Para finalizar as modificações externas, os retrovisores receberam nova pintura na cor cinza e os faróis ganharam máscaras negras exclusivas, pintadas à mão. Renato Guimarães, instalador responsável pelo projeto, conta mais sobre a “maquiagem” nos olhos da Joaninha. “Quando Alexandre apareceu com a ideia de escurecer os faróis, achei que existiam peças à venda prontas para o modelo”, confessou. Ledo engano. Não existem tais acessórios para o carro e a única saída para satisfazer a vontade do patrão foi abrir os faróis originais. Assim, toda parte prateada que envolve o conjunto óptico foi escurecida. “Foi trabalhoso, mas este detalhe faz uma diferença enorme”, confessa Renato.

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Partindo para o habitáculo, local onde a sonzeira rola solta, é possível notar a qualidade dos acabamentos e a preocupação em preservar a originalidade do carro, que tem boa parte das modificações reversíveis.
No comando dos alto-falantes, um DVD-player Pioneer Double Din se encaixou como uma luva no painel, com espaço exato para receber um equipamento de responsa. “O local destinado ao aparelho de som é amplo e isso, sem dúvidas, facilitou bastante o meu trabalho”, revelou o instalador.
Versátil, a unidade principal traz, além de conectividade Bluetooth e entradas USB/auxiliar, compatível com aparelhos Apple, um receptor de TV digital e câmera de ré instalados. “Também posso utilizar o sistema de GPS do meu celular diretamente na tela do DVD”, explica o proprietário. Para garantir interatividade aos passageiros do banco traseiro, outros dois monitores de 5” foram instalados nos encostos de cabeça originais dos bancos dianteiros. “Elas podem funcionar de maneira independente, reproduzindo mídias diferentes das que rolam no aparelho principal. Meu filho é quem mais desfruta desta função, lá no banco de trás. Enquanto escuto minhas músicas, ele assiste DVD’s de desenhos animados com fones de ouvido”, completa.

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Pressão sonora
Responsável por garantir o estéreo cristalino do som, um único kit duas vias top de linha da Soundstream, superpotente (são 180 W RMS), foi instalado nas portas dianteiras e dão conta do pequeno habitáculo — seus midbass ocupam os lugares dos alto-falantes originais, enquanto os tweeters foram posicionados nas colunas A. “Para elevar ainda mais a qualidade sonora e obter o rendimento máximo dos falantes, revestimos as portas dianteiras, teto e tampa do porta-malas com manta acústica”, conta Alex.

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E é justamente do compartimento de bagagens acusticamente reforçado que são disparados graves de rachar o crânio. Lá, o principal responsável pela “estupidez” sonora é um subwoofer Selenium Extreme, de 1.500 W RMS de potência. Instalado em uma caixa dutada de 45 litros feita em fibra de vidro e madeira, chacoalha o carro inteiro ao reproduzir baixas frequências. Este sub, inclusive, acabou de entrar no projeto e pede alterações do duto da caixa, pequeno para ele — a medida atual, de 3” x 28 centímetros, não é suficiente e deve passar para 4 polegadas.

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Ao centro do porta-malas, um rack acomoda dois módulos, também da Soundstream. O superior, mono, é destinado ao sub e entrega um total de 1.200 W RMS. Já o inferior, de dois canais e 350 W RMS totais, fornece energia ao kit duas vias. “Curti muito a disposição dos componentes no bagageiro. O subwoofer montado de maneira invertida, com o imã para fora da caixa, ficou muito agressivo, exatamente como o resultado sonoro. Acho que consegui cumprir a meta de realizar um projeto inusitado”, vibra o proprietário, todo orgulhoso de sua nova “cria”.

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Alexandre garante que as modificações não param por aí. Durante a sétima edição do X-Treme Motorsports, ele pôde conferir de perto as novas tendências e materiais de acabamento, principalmente as utilizadas nos porta-malas de outros carros, e já se prepara para melhorar sua Joaninha. “Com essas novas referências, vamos trocar todo o revestimento para melhorar a apresentação do March. Afinal, é um dos showcars da loja”, revelou.

 

Texto: Lucas Ken Ohori

Fotos: Luciano Falconi