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Onix e Prisma 2017: saiba o que muda, como eles rodam e até como fazer a versão antiga ficar de cara nova!
Texto: Eduardo Bernasconi
Fotos: Divulgação
FULLPOWER foi até o Sul do Brasil – na região de Gramado, Canela, Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Farroupilha e outros belíssimos lugares – para conhecer as mudanças no veículo mais vendido do mercado no primeiro semestre: o Chevrolet Onix. De quebra, avaliamos também o sedan Prisma, ambos nas versões 1.4, com transmissão de seis marchas, automática e manual. Fabricados em Gravataí (RS), os novos Chevrolet chegam às lojas nos próximos dias.
Antes de contar como eles se comportam, uma dica para quem gosta de modificações estéticas: dá para colocar a frente e a traseira dos novos modelos nas versões antigas. Isso não significa que será fácil, tipo plug and play. Mas pode ser feito. No Onix, a tampa traseira continua a mesma e as mudanças maiores são lanternas e para-choque. Já para o Prisma, a tampa de trás mudou bem, mas pode ser utilizada na versão lançada em 2012. Isso também vale para para-choque. Já na dianteira, o trabalho é maior e igual para ambos: será preciso trocar faróis, capô e para-choques. Pode mudar um encaixe ou outro, mas dá para fazer o trabalho.
Agora, vamos ao que interessa: andar com as novidades. É notável como mudou o nível de ruído. Estão bem mais silenciosos. Claro, com rotação lá em cima, grita, mas em baixa e média são quietinhos. Além da evolução em revestimento acústico, o uso de câmbio de seis marchas faz o motorista rodar em giro mais baixo (especialmente na estrada), colaborando para redução de ruído.
Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, os motores quatro cilindros 1.4 melhoraram em 18% na economia para o Onix e 22% para o Prisma. Uma soma de alterações garante o resultado: componentes internos do motor, como pistões e bielas, são mais leves. Anéis e lubrificante mais eficientes garantem menos atrito. Além disso, direção hidráulica deu lugar a um sistema elétrico (não rouba eficiência do 1.4). Até a suspensão teve sua altura reduzida em 10 mm para melhor aerodinâmica. Também visando eficiênia, os defletores de ar debaixo do carro foram adotados para que o vento passe mais facilmente.
Além da aerodinâmica trabalhada e motor revisto, a redução de peso em pouco mais de 30 kg para cada um dos modelos e pneus verdes o tornaram mais econômicos e gostosos de dirigir. Potência e torque? Dê uma olhada na ficha técnica abaixo.
Pelas estradas sinuosas do Sul, sob chuva e pista seca, rodamos quase 500 km em dois dias, por asfalto e terra. Pegamos buracos grandes e pequenos e, tanto Prisma quanto Onix mandaram bem. Por mais eficiente que os motores sejam, não adianta achar que eles vão acelerar bem e fazer ultrapassagens com facilidade. Se a família for grande e o porta-malas estiver cheio, é preciso calcular bem a hora de dar o bote.
A estabilidade até melhorou com esse centímetro a menos de altura em relação ao solo. Deu para abusar nas curvas gaúchas (não pense besteira!) e se divertir. Conseguimos até testar o OnStar, sistema onde basta acionar um botão no espelho interno que uma pessoa atende e ajuda o motorista a saber onde tem farmácia, posto de abastecimento e até fala qual o cinema mais perto. Esse serviço estará disponível em três pacotes diferentes. Quem optar por ele, poderá usufruir por um ano no ato da compra, sem custo extra. Após os 12 meses, aí sim, começará uma cobrança conforme o pacote desejado.
Outro detalhe a elogiar: a segunda geração do MyLink, que conversa com o iOS da Apple (Car Play) e Android. Reconhecimento rápido do dispositivo e funções variadas para celular ou em conjunto com OnStar.
Para o Onix, há também a versão Activ (a exemplo da Spin), para fazer frente ao VW Cross up! e linha Adventure da Fiat. O Chevy é o mais on-road de todos, inclusive com pneus bem mais pra asfalto do que para terra. Os caras das montadoras sabem que a decisão da compra por um modelo assim está muito mais na aparência do que na eficiência.
Os mais bem vendidos Chevrolet melhoraram? Sim. Mas também ficaram bem mais salgados, assim como todos os outros lançamentos recentes da indústria. Comprar carro zero está caro, assim como o feijão e o tomate. Mas, se tem gente colocando tanta grana em carro 0km, esses dois são dos mais fortes candidatos.
Os preços ficaram assim:
Onix 2017
LT 1.0: R$ 44.890
LT 1.4: R$ 49.590
LTZ 1.4: R$ 54.490
Activ 1.4: R$ 57.190
Prisma 2017
LT 1.4: R$ 53.690
LTZ 1.4: R$ 58.690.
E o que já existe no mercado para modificá-los?
A parte boa de comprar um Onix ou Prisma 2017 é que, mesmo renovado, praticamente tudo que servia para a versão antiga, servirá neste 2017. Suspensão, por exemplo, é a mesma. Já há kits de rosca, ar ou apenas molas esportivas. Rodas já sabemos: cabe bem até 18”, sem muitas alteração. Se as rodas tiverem mais de 8” de largura, no aro 18”, será preciso rebater paralamas para rodar baixo. Aro 17” vai mais fácil.
No MyLink, dá para colocar uma TVDigital e pode-se fazer um sonzão forte, usando pouco espaço do porta-malas com capacidade para 280 litros (Onix) e 500 (Prisma).
Kit de performance no motor também há diversos e, para ganhar rendimento mesmo, deve-se optar por um turbo. A Biagio, fabricante do e-drive, já está preparando o sistema deles para a linha Chevrolet. Vale a pena esperar e abraçar um turbão deles para esses modelos.
Ficha técnica, versão 1.4
Motor dianteiro, transversal, 1.4, quatro cilindros em linha (gasolina/etanol)
8 válvulas (SOHC)
Taxa de compressão 12,4:1
Potência 98 cv (gasolina) 106 (etanol)
Torque 13 kgfm (gasolina) 13,9 kgfm (etanol)
Câmbio manual ou automático de seis velocidades
Direção elétrica
Freio discos ventilados (dianteira) tambores (traseira)
Pneus e rodas 185/65 R15 (LT/LTZ)
Peso 1.034 kg (manual, LT) / 1.067 (automático/LT), 1.042 (manual, LTZ) 1.074 (automático, LTZ)
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